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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Óleo de canola é venenoso!

Canola Transgênica: a planta que Deus não criou
Vemos diariamente na mídia matérias incríveis sobre determinados tipos de alimentos que "devem" ser consumidos todos os dias, e que irão produzir verdadeiros milagres. Se você ficar um dia inteiro em frente à TV e anotar direitinho, vai ter que comer no outro dia 20 sementes de abóbora como vermífugo, uma fatia de melancia como diurético, um mamão papaya e quiabos para a fibra, um tomate para o licopeno, uma laranja contra a gripe, suco de maracujá contra o estresse, arroz e macarrão como energéticos, um bife magro para a proteína, um filé de peixe do mar grelhado para ômega-3, feijão contra a anemia, um ovo para a albumina, a proteína mais digestível do planeta, um abacate contra a osteoporose, uma sopinha de pés de galinha, fonte de colagina para a pele (obviamente temperada com açafrão, gengibre, noz moscada e pimenta para os males do coração), uma cenoura para os olhos, um pote de gelatina para fortalecer as unhas e os cabelos, uma banana contra a câimbra, um pouco de jaca, pinhão, giló, pimentão verde, um vermelho e um amarelo (porque azul ainda não tem), tudo regado a uma (só uma!) taça de vinho tinto para combater os radicais livres e uma maçã para o bom hálito. O total perfaz em torno de 8 quilos, mas você precisa se alimentar.
Ah, faltou a salada verde regada a óleo de oliva ou canola. Hum, canola?
A canola é mais uma destas coisas modernas, que mostram como a ciência conduzida por mentes macabras pode ser perigosa para a saúde coletiva.
Afinal, o que é canola, que nem consta nas encicoplédias? Na Eniclopédia Britannica, canola é novo nome da Colza. Colza? Novo nome? Que estória é essa? Não gosto muito da Wikipedia, pois qualquer inepto pode escrever nela, mas lá diz que o óleo de canola não deve ser ingerido por causa de sua toxicidade e não deve ser confundido por Colza, visto que é de origem geneticamente transformada. Canola  é uma marca registrada canadense (1978), desenvolvida por dois cientistas canadenses, Baldur Stefansson e Richard Downey, e o Canola Council of Canada diz que o nome Canola não é um acrônimo, mas simplesmente significa "óleo canadense".
A Colza é uma planta da família das mostardas, a mesma planta que foi usada na produção do agente mostarda, gás letal usado de forma terrível na Guerra Mundial. O óleo de colza é utilizado como substrato de óleo lubrificante, sabões e combustível, sendo considerado venenoso para coisas vivas. É ótimo repelente (diluído em água) de pragas em jardins. Este poder tóxico é proporcionado pela alta quantidade de ácido erúcico que ela contém em sua composição. Tem sido usado de forma alimentar no Extremo Oriente, na forma não refinada, e contrabalançada com uma dieta rica em gordura saturada, o que evitaria seus graves efeitos tóxicos.
O objetivo no Ocidente, no entanto, era se produzir um óleo com pouca gordura poliinsaturada, e boa quantidade de ácido oléico e omega-3. O óleo de oliva tem estes predicados, mas sua produção em larga escala é de alto custo.
Monsanto e o Agricultor: bom relacionamento
Entram em cena, então, empresas de "ótimas intenções", como a Monsanto, que produz uma variação transgênica da colza. Para evitar problemas de marketing, usa o nome CAN-OLA (Canadian oil, ou óleo canadense). A canola, portanto, é absolutamente transgênica. Sua comparação aos benefícios do azeite de oliva não passa de uma estratégia de venda. O óleo de oliva é bem mais caro, mas a canola é o mais caro de todos os outros óleos, apesar de ser de produção baratíssima! Bom negócio, afinal.
Foi publicado recentemente um relato muito interessante de um médico estudioso indignado sobre as coisas que descobriu sobre a canola: The truth about canola oil.
Se você não queria usar transgênicos sem seu expresso consentimento, mas já usou o óleo de canola, talvez até aconselhado pelo seu cardiologista ou nutricionista, fazer o quê? Perdemos o direito desta opção quando nos foi retirado o direito à informação, ou quando nos foram passadas informações mentirosas. Mas se é tão bom como o agronegócio diz, porque não informar tudo a respeito? Por que resistir tanto à rotulação de transgênicos?
Se observarmos bem, podemos perceber que o óleo de canola deixa um cheiro rançoso nas roupas, pois é muito facilmente oxidado, e seu processo de refinamento produz as famigeradas gorduras trans (o mesmo problema das margarinas), relacionadas a graves doenças, incluindo o câncer. Produz déficit de vitamina E, antioxidante natural.
Alimentos feitos com canola emboloram mais rapidamente. As pequenas quantias de ácido erúcico que ainda persistem na planta alterada continuam sendo tóxicas para o consumo humano, e esta ação tóxica é cumulativa. Existem relatos de inúmeras outras enfermidades ligadas à ingestão e até mesmo à inspiração de vapores de canola (provável vínculo com câncer de pulmão).
Um site estadunidense bem holístico sobre cuidados de saúde para pessoas e animais diz que o óleo de canola é o mais tóxico de todos os óleos vegetais usados na alimentação, cem vezes mais tóxico que o óleo de soja transgênica.
A canola também é bom exemplo de como funciona o esquema das mega-empresas de biotecnologia. Em abril de 2002, nos Estados Unidos, o Centro de Segurança Alimentar (CFS) e o Alerta de Alimentos Geneticamente Produzidos (GEFA) pediram uma investigação criminal contra a Monsanto e a Aventis, e contra o Departamento Americano de Agricultura (FDA), que haviam permitido o ingresso ilegal de sementes de colza modificada para dentro do território americano antes da aprovação legal desta importação para produção local.
Tudo funciona da mesma forma lá e aqui. A própria liberação da canola no território americano contou com estímulo de US$50 milhões do governo Canadense para que o FDA (órgão regulador) facilitasse seu ingresso na indústria alimentar de lá, mesmo sem os adequados estudos de segurança em humanos.
Novamente nos defrontamos com uma situação em que o poderio econômico atropela o bom senso entre ciência e saúde, e é muito mais persuasivo do que os interesses dos consumidores.
O pior disso tudo é que não podemos contar com os meios de informação, que sistematicamente informam o que interesses maiores julgam mais oportuno. O caso canola, com certeza, é uma pequena fração do mundo obscuro do agronegócio e seu capitalismo científico, que pesquisa fontes de enriquecimento muito mais entusiasticamente do que as verdadeiras fontes de saúde e vida!

Outras fontes:
Central de Segurança dos Alimentos dos EEUU
Georgia Evironmental Finance Authority
Centro de Mídia Independente Brasil

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